terça-feira, 12 de março de 2013

After Party Special #7: Zero Dark Thirty



Em 2011 eu quis ser Kathryn Bigelow. Não apenas porque ela era (e ainda é) a única mulher a ganhar o Oscar por Melhor Direção, mas também pelo fato de que ela, toda linda e loira, fez um digno filme de guerra. Guerra ao Terror não entra na minha lista de favoritos, mas sou fã de uma quebra de estereótipos - seja do "filme de guerra", da imagem dos soldados, ou das mulheres e os assuntos amenos da vida. E em A Hora Mais Escura vemos isso novamente.

O filme começa em uma sala de interrogatório. Interrogatório talvez seja uma palavra que não descreva bem a situação. Os americanos usam máscaras negras, bem como vestimenta pesada e armas. Todos menos um - sua displicência e seu rosto à mostra dizem que ele está no comando. E ele reforça "Eu sou o seu dono. Você pertence a mim". O interrogado, apesar de demonstrar sinais de dor, cansaço e tormento, ainda mantém a língua afiada.


Durante o filme vamos ver um pequeno trecho de um pronunciamento de Barack Obama, no qual ele dizia "Os americanos não torturam". Uma ironia óbvia aos fatos descritos no longa, que alega ser baseado em fatos reais - os mais reais possíveis.

A protagonista é Maya (Jessica Chastain), uma mulher sem amigos, sem namorado e sem família. Tão comprometida com o trabalho que, em certos momentos, vacila entre a apatia e a desolação. Ela é transferida para o Paquistão, onde deve trabalhar no mapeamento dos cabeças da Al Qaeda - em um certo momento, o chefe dela diz, simplesmente "Ache alguém para matarmos".



Sem querer dar spoilers, mas já dando (ah vá, você viu tudo isso acontecer nos jornais), esse é o filme que conta sobre a perseguição e morte de Osama bin Laden, em 2011, pelos EUA. Durante as semanas que se passaram entre o anúncio dos indicados ao Oscar e a premiação, A Hora Mais Escura passou de favorito ao filho bastardo, graças as indiscrições americanas que o filme aborda.


Com cinco indicações, A Hora Mais Escura apenas dividiu a estatueta de Melhor Edição de Som com Skyfall.

Kathryn Bigelow, linda e loira (ou castanha, sei lá)

O filme pode não ter levado nada substancial, mas Jessica Chastain, com certeza, foi a mais linda do tapete vermelho. Concordam?

O vestido mais lindo do Oscar 2013

4 comentários:

  1. Não gosto de filmes de guerra e não sei se abrirei uma exceção.
    Mas a resenha tá boa, deu até vontadinha de conferir!

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    1. Eu também não sou a mais fã. E também não é um filme que desce "fácil" pela garganta, mas aprendi a assistir na faculdade XD
      Achei interessante, no começo, porque a protagonista era uma mulher! É diferente :)

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  2. Hummmmmmmmm, interessante! Não é muito o estilo de filme que gosto, mas o colocarei na última posição dos filmes que pretendo assistir em breve.

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O mundo acabando e você aí, chamando bolinho de cupcake